sexta-feira, 29 de abril de 2011

De Pó e de Poesia IX

28/03/2011

A proximidade dos olhos devora os meus
a pele fria arde por te ter tão perto
desculpe a incoveniência das minhas palavras
perdoe a demasiada conformidade dos meus atos
o que grita seu nome perturba os sentidos meus
e os passos do homem desperto
traduzem o sufoco do qual falavas
a insuportável desilusão de conhecer os fatos
frases distorcidas preenchem o vazio
e o vazio é construído pela presença exagerada
de gente inútil que cruza sua estrada
de mentes vazias daquilo que te prende
sensações que mais ninguém entende
um estado indesejável que domina
os verbetes infelizes que abomina
fazem pensá-lo inatingível, enquanto humano
e em xingamento insano
tranca portas e janelas em desconfiança
do vazio solitário das tardes se cansa
inadmissível a necessidade de abraçar alguém
simplesmente nega o que existe além
constrói muros intransponíveis
e foge de respostas que lhe exponham
encontra meios intangíveis
que não mais sobreponham
na ideia de um mundo vazio de pensamentos
onde pessoas são apenas um poço de futilidade
que entregam-se a tantos lamentos
por vis momentos de felicidades...

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