domingo, 24 de abril de 2011

De Outros Tempos XVIII

Juras

A memória de um semblante
há muito tempo esquecido
e a quase certeza errante
de não mais tê-lo conhecido
perturba-me o pensamento...
Neste dia tão comprido
todo o meu pensamento...
Olhos do verso ouvido
querer ir até você
e ter medo da incoveniência
de perguntar-te por quê
em convertida inconsequência
... Mas não é passado o teu rosto
nem tudo o que foi dito
na boca ficou seu gosto
o seu rosto bonito
há de estar aqui
um dia sequer que seja
todo o tempo para si
todo o rumo que almeja...
Amanhã, quem sabe um dia
numa dessas madrugadas
a razão da nossa alegria
sejam paixões não mais juradas...

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