De Pó e de Poesia XLI

 

O Dia de Mariana 

Com que olhos sorriu...

Com que verdade se abriu

aquele sorriso de criança...

Com que esperança

ela se fez princesa...

Com que beleza

falava sem parar...

Com que acarinhar

presenteava os olhos maternos...

Sentimentos tão ternos...

Uma pequena princesa...

Uma pequena estrela...

Revestida de toda beleza...

Pela nobreza de vivê-la...

Como o anjo mais doce...

Que bom se a menina fosse

mais que um verso da canção...

E ela certamente o é...

Muito mais que a ilusão

de anjos que ainda se quer...

Que se imagina...

Que se descreve como impossíveis...

...

Anjo pequeno...

Ouvidos audazes...

Anjo sereno...

Olhos perspicazes...

Crescerá a menina...

Menina Mariana...

Menina bailarina...

Crescerá como quem dança...

Como quem cresce,

mas ainda é criança...

A alegria das palavras,

das vozes,

dos rodopios...

Seus tantos sonhos...

Poucos medos arredios...

A leveza da princesa...

Bailarina Mariana...

Mar e Ana...

Que nome melhor te define?

Anjo pequeno, saltitante e sublime...

Milagre da vida...

Milagre do sorriso...

Criança tão querida...

Do retrato em paraíso...

Em que os olhos arteiros sorriem...

Em que as mãos pequenas se aguçam...

Em que os lábios transcedem almas...

... Vestido cor-de-rosa...

Rege seu mundo, criança...

Rege seu universo em outra prosa...

Levanta seu cetro...

Renova toda a esperança...

Em cada nova unidade...

Renova-se a sua idade...

Renova-se um mundo inteiro...

Plantam-se novas flores ao canteiro...

Apagam-se novas velas...

Aprende-se a sonhar novas quimeras...

Um dia quando me leres...

Um dia quando entenderes...

Saberás...

O mundo em suas mãos...

A estrela na ponta dos dedos...

Lua e sol: seus irmãos...

Magia para espantar seus medos...

Cordas de algum violão..

Que um dia você me mostrou...

Um quadro e um coração...

Que um dia você desenhou...

Especial a sua palavra, menina...

Menina Mariana, Branca de Neve branca...

Seu vestido cor-de-rosa fascina...

A sua alegria encanta...

São cinco as unidades...

Unidades que se vão com o tempo...

Um dia suas saudades...

Farão parte do doce sentimento...

Que agora te dedicamos...

Criança que escrevo em versos...

Criança de sincero olhar...

Por mais que passem os universos...

Você nunca irá passar..

Pela vida sem se encantar...

E sem encantar ao mundo...

Do mundo que é tão seu...

Do presentes que o mundo te deu...

E do prazer de acordar criança...

Virar letra de canção...

Ensaiar sua dança...

Repetir o seu refrão...

O que é ser criança?

Mariana e um coração...

Tão pequenino trancafiado no peito...

E tão grande o coração..

A menina abre os braços e brinca de girar...

No seu dia de menina...

Mariana quer dançar...

Porque ela aprendeu com a mãe...

Que a vida bailarina...

É um eterno passo de dança...

Da queda que um dia vir...

Fará espetáculo a criança...

Vestido e laço de fita...

Cor-de-Rosa, cetro e trança...

(Dedicada à menina Mariana que inicia mais um ciclo anual de sua vida...)
(Créditos à fotógrafa e amiga Nívea Rando - Mãe de Mariana... )