quarta-feira, 12 de outubro de 2011

De Outros Tempos XXVII

 

Estação 48
Um menino está com fome
Já não tem o que comer
Adiante vê-se o homem
Cujo vício é viver...
São pontes que viram casa
As ruas são condomínio
Imaginação sem asa
O teu poder sem domínio...
A comida vem do lixo
A água tão poluída
O homem pr'alguns é bicho
Estorvo da própria vida...
Trabalha muito, cansado
Sem tempo pra descansar
Por hora desanimado
Sem saber como alimentar
Os filhos, a mãe doente
Dar abrigo a todos eles
Sofredora é essa gente
E a rua é toda deles...
O abrigo e a proteção
Esperança de viver
Em constante ilusão
A tentativa de crescer.

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