sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Retruco Do Gaudério #1

 
 Just for Fun

            Uma piadinha aqui...  Uma brincadeirinha ali... Um sustinho acolá... São coisas normais, que vemos todos os dias e achamos engraçado, mas...  TODOS acham engraçado???  E o alvo da brincadeira, será que ele também “curte”???
             Seres humanos brincam. FATO. Ninguém pode nem sonhar em contestar isso. É uma coisa instintiva, não somente para o macaco evoluído chamado “ômi”. Na natureza, vemos todos os animais fazendo interações de forma lúdica. Desde os filhotes, até os animais adultos. Nem precisa ser o cachorro correndo atrás de uma bola. Podemos ver o exemplo dos filhotes de leões, quando brincam com os outros filhotes, podemos usar o exemplo de pássaros que respondem aos comandos dos criadores, podemos até falar dos peixes. Vai dizer que você nunca viu um peixe nadando rapidinho no aquário?!?!? (Não vem falar que era curto na Bomba Subaquática.)
        O problema todo é quando a tal de brincadeira fica maldosa. Nem falo em agressiva porque sou um guri criado à moda antiga, brincando nas ruas com meus amigos. Dentro dessas brincadeiras, sempre tinha alguma brincadeira mais “bruta”, que podia terminar em socos e crianças emburradas, mas era normal...   “Coisa de guri”, como chamamos no interior. Todos tinham apelidos como Gordo, Teta, Magrelo, Nasal, Pernalonga, além de outras coisas. Ninguém falava em Bullying, ou coisas assim. Era engraçado ver as comédias estilo “Stand Up”, que fazem Bullying o tempo todo. Esta modalidade está em alta hoje em dia, junto com o crescimento dos problemas de Bullying (Engraçado isso, né?!?!?).
           
 Caras (e gurias)...   Como diziam no Telecurso 2000, “Vamos pensar um pouco”...

 O problema do Bullying não é o Bullying em sim, mas a importância que as pessoas dão pra isso. Como eu citei antes, as “crianças de antigamente” levavam o Bullying na brincadeira. Todos riam de tudo e 5 minutos depois já estavam juntos na rua, jogando bola. Antigamente era assim, mais leve, as pessoas levavam as coisa “na boa”. Parece que hoje as famílias levam tudo à sério, fazendo as crianças copiares esse comportamento. Vale lembrar que a primeira educação que a criança tem é pelo exemplo, assim como é a lição que mais fica em nossa mente.
 O que interessa mesmo é a intenção real que temos ao falar certas coisas. Por exemplo: Não existe problema quando um amigo chama um Gay de “bicha”. O amigo sabe que a coisa não é pejorativa. Que é apenas uma palavra. O contexto desse uso da palavra é que deve ser observado. Qualquer pessoa que chama o Gay de Homoafetivo pode ser muito mais maldosa e querer o mal dessa pessoa. O bullying verdadeiro não está em uma ou outra palavra. Está na impessoalidade que impera nas famílias de hoje, onde os pais só têm contato com os filhos à noite, depois de um dia exaustivo de trabalho. Nem sabem, na verdade, o que se passa com eles.
         Não digo que podemos xingar os outros abertamente. Digo que isso é mais errado pela intenção do que pela forma. O que podemos fazer para “amenizar” essa situação é tratar as pessoas como pessoas verdadeiras, não como números ou como “coisas” que podemos usar e depois guardar em algum canto que não nos incomode. Abrir os olhos e prestar atenção nos detalhes de quem está ao nosso lado e tentar fazer o melhor que podemos pra ajudar. Se vai resolver o mundo eu não sei, mas já seria um bom começo, não é?!?!
Fica o meu abraço e um “sonzinho”. 

8 comentários:

  1. Senhor, Maurício... Recebas as boas-vindas e que estas trocas de ideias e construções críticas germinem bons frutos... Semeemos um pouco de dúvida, meu caro... Que é ela que ainda faz do homem um ser pensante, ou que deveria sê-lo...

    Abraços.

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  2. Obrigado pela oportunidade, Darla. Espero que o povo goste e que possamos conversar e trocar opiniões nos comentários. Concordando ou não, galera, expressem suas opiniões!

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  3. Maurício, seu querido! Parabéns pela estréia, ótimo texto!
    Vou ter que esperar até sexta feira para ler mais? HAHUEHAUEHAE'

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  4. Mas, senhor Maurício, por que falamos, então, em Bullying só atualmente? Por que só hoje paramos para enxergar esta circunstância?

    Prof. José Antônio.

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  5. Prof José Antônio, obrigado pelo prestígio de ler meu primeiro texto.

    Acho que essa circunstância foi agravada pela divulgação das "brincadeiras". Antigamente não tinha uma máquina fotográfica, nem uma filmadora, nas mãos de cada aluno. Muito menos a internet pra escrevermos e publicarmos o que quisermos (Vide o gaudério aqui "dando orelhada" sobre filosofia e sociologia). As coisas tem uma dimensão muito maior hoje por causa da fácil e ampla divulgação. Nem falo da fragilidade das crianças criadas pelas babás, creches, tv e DVDs do Barney e da Xuxa. FAMÍLIA, daquelas de verdade mesmo, faz falta também.

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  6. Pra todo o ponto negativo, universos positivos. A Internet têmsido um veículo muito importante para novos pensamentos. Somos prova disso. Aqui discutindo ideias.

    Prof. José Antônio

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  7. Tudo nessa vida tem um lado bom e outro ruim, caro professor.

    A própria informação é uma coisa assim, pode ser boa ou ruim.

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