sexta-feira, 29 de abril de 2011

De Pó e de Poesia VI

02/03/2011                           23:46 hrs

Quando seus olhos desviarem dos meus
saberei que mentes,
porque a verdade não precisa titubear...
Quando seus olhos insistirem nos meus,
sua resposta será positiva
ao convite que os meus lhe fazem...
Se sua boca disser não,
precisará concordar com os seus atos
e com a ironia displicente do seu olhar...
Se um dia eu disser que sinto saudades
é porque a saudade já não cabe dentro de mim...
como não cabe tudo aquilo que eu despejo no papel...
Se um dia declarar amor,
saiba que não é meu costume fazê-lo...
Transparecer fortaleza é tudo o que quero,
porém o meu interior se esvai em lágrimas...
Tristeza, dor, cansaço tédio...
A espera de algo diferente e transformador...
Um complemento, um abraço, uma palavra,
uma discussão, um toque planejado,
a simples expectativa da espera,
o pulsar acelerado do coração,
o conforto da presença,
o adiamento da despedida...
Ah! Minha vida errante
que em efusão de sentimentos vibra
forte, vívida, verdadeira,
amante incondicional da mutação,
da mudança inovadora,
da presença esperada, sonhada,
almejada e não atingida,
do vazio de acordar mais um dia...

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