quinta-feira, 21 de abril de 2011

De Outros Tempos III

Esta Noite...

No calar da nossa noite
talvez o mundo acabasse
e do céu descesse o inferno
que o desejo nos mandasse
para os pecados meus
seus talvez, a razão e o sofrer
as estrelas que não quis
o desejo de ser infeliz
a esperança de morrer
em teus braços de perdão
a quem perdoaste
mil lágrimas derramaste
de cortante padecer
que é arma do agora
infante em vil tristeza
a presteza de morrer
sem ferir a tua carne
cortante fogo do relâmpago
cortados os braços do náufrago
nas veias que revivem os olhos
na vida eletrizada
para o túnel acuada
buscando o porão do mundo
e na glória orgulhoa profundo...

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