quinta-feira, 21 de abril de 2011

De Outros Tempos IV

Revoltos

No escuro luz e sombra
mil olhares inocentes
uma bomba, outra bomba
destino incoerentes
tiros a queima roupa
o sangue lava o chão
o ódio a ninguém poupa
ouvimos outra explosão
mortos caídos por terra
esposas desesperadas
o ódio em si encerra
o choro dos abandonados
soldados não voltam mais
e as mães desesperadas
tantas raças e ideais
pelo chão pisoteadas
tropas inimigas sem porquê
a racionalização
a fome que faz corroer
marchando noutro refrão
a paz se vai em tiros
a a vida em mãos frias
muitos pais soltando gritos
abraçando mortas crias...

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