quinta-feira, 5 de maio de 2011

Prosas que o Mundo dá V

Alguém disse que o meu olhar é triste e talvez ele realmente seja, mas não penso que isso seja passível de uma transformação vinculada às falsas bengalas em que todos se escoram... Talvez falsos escoros realmente façam falta... Mas o que realmente me escora quando nada mais resta é sempre um alguém a quem eu possa amar... Um objeto a quem dedicar meus dias, meus sonhos e minha vida... Alguém por quem tornar meus dias mais bem vividos, melhor acordados, melhor planejados e mais esperados... Mas o tempo escorre entre os dedos em fios de areia e luz sem que se perceba o quão triste e sem vida é viver sem amar nem que seja a si mesmo... E se para amar a nós mesmos tivéssemos que amar verdadeiramente pelo menos um ser humano que não consanguíneo? Quantos sofreriam por amar platonicamente? Quantos simplesmente não amariam por não conveniência? Quantos morreriam e nasceriam como resultado de tantos amores? Os dias passam lentos aos meses seguem os lamentos... Da música à tentativa nada eficaz de realizar o sonho permissivo de arriscar-me a amar alguém...

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