quinta-feira, 5 de maio de 2011

Prosas que o Mundo dá VI


Um dia, olhei de uma janela que não era minha, um horizonte onde só coisas verdes eram avistadas e a solidão que aquela janela me remetia era consentida pela espera de um alguém que eu julgava ser especial... Um dia, o reveillon foi o passo definitivo para a solidão real... Meu sonho adormecido ao lado, contrastando com uma tela tão cheia e tão vazia da TV e suas mil e uma informações banais... Aos fogos de artifício da tela combinavam-se minha tristeza e minha frustração... Um dia me vi voltando pra casa como uma criança perdida buscando um lugar quente onde chorar... Um dia eu acordei de mais uma nada doce ilusão e o sabor da realidade era uma confortável torpecência... Um dia tomei consciência da minha alienação, mas mesmo consciente não tomei nenhuma atitude e fugi das atitudes alheias...
E esse dia ainda não acabou... Ainda estou aqui porque é mais confortável que seguir e arriscar... Ainda estou aqui mesmo parecendo que o caminho a seguir é relativamente seguro...

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