domingo, 8 de maio de 2011

Prosas que o Mundo dá VIII

A diferença entre a realidade e a ficção é uma tênue linha imaginária... O que você espera, sonha e sente é íntimo e pessoal, mas foi construído por tudo que você viveu até então... Traduzindo: somos totalmente influenciáveis... E no meio de uma noite sem luar, uma maré de pessoas pronunciando palavras sem freio acabam por não nos dizer nada, provocam sonolência, tédio, caos... Os olhos procuram evitar outros olhos porque isso implica em estar de verdade na frente de alguém... E é estranho saber que alguém além de nós mesmos pode nos enxergar... Embriagados alguns proferem palavras em desenfreio, mas elas não fazem sentido nem mesmo para eles... O riso fácil não suplanta as amarguras reais, apenas mascaram sentimentos e sensações... E quando volta ao próprio quarto e tenta adormecer, tudo o que encontra são pensamentos confusos e uma sensação não só aparente de vazio... Em confortável torpecência todos se calam e adormecem ou pelo menos fingem adormecer, porque as normas sociais pregam que noite serve pra dormir... Mas a manhã chega e ainda abertos os olhos estão... Falta-me um impulso e sem ele nenhuma atitude será tomada... Permanecer no vazio inerte é mais confortável do que buscar o preenchimento do vazio em meio ao mundo que nem o percebe...

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