quarta-feira, 31 de agosto de 2011

De Pó e de Poesia XXXVI

 

Quem sabe?

Quem sabe o que há
fora das paredes de amar?
Quem sabe onde ir?
Porque querer ou sorrir
desfaz a imensidão
do sol alto que rasga o chão?
Em corda e violão,
de lápis e coração, eu te faço canção...
Na praça tudo é saudade...
Na praça tudo é saudoso...
Na praça a eternidade
é feita de dia pomposo
em céu azul de encontrar...
Uma cidade cheia...
Uma vontade vazia...
Palavras e vida alheia...
Não há nuvem de eternizar
pelo caminho, estrada de chão...
Não há vontade, não há lugar
pelas batidas da solidão...
Páginas em branco...
Não posso dizer do que sinto...
Seria direto demais...
Então, às vezes minto...
Invento as verdades aqui...
Pra que você não possa entender
o que realmente faz meu querer...

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