quarta-feira, 26 de outubro de 2011

De Outros Tempos XXIX

 

Pintor De Muros

Uma estrada, o jogo,
o acaso, coincidência...
Lamento de um mistério sem final...
Sobreja o vil destino
O bem e o mal...
A estrada perfila
Tempo e solução...
Aberta ao vento
a tempestade faz chorar...
Encontrar a vida, até o mar
e alcançar o chão...
 E ainda o que posso fazer...
É não me lamentar...
Nesse jogo de promessas
morre o viver...
vivendo jogo de ideais
e de se existir...
Todo o possível
que é feito para não sofrer...
É o impossível que não serve
para fazer sorrir...
Do acaso nasce
a inconsequência e o amor...
E nasce a febre de sorriso
e de sonho em vão...
Do acaso vem ver
o sorriso e o sonhador...
Um vão viver sem ter
motivo e nem emoção...
Coincidência é ter
certeza de te encontrar...
E encontrá-lo simplesmente
sem saber porquê...
Ao adorá-lo não saber
como é bom amar...
Sem saber o que dizer...
Sem lembrar só de você...
Sorriso é só a certeza...
Leve leveza de te ter aqui...
E ao ouvir a tua voz
Dizer do quanto és feliz...
Sorrir quando um sorriso
faz lembrar você de mim...
A glória serviu e suscinta
de ter teu matiz...
Da lágrima que derramada
já não volta mais...
Nasceu um fruto inocente
que se fez paixão...
Do teu olhar, do teu amor...
Como esquecer
seja quando for...
Do alto destas tuas montanhas
e até neste chão...
O meu motivo para viver...
Eu sei bem... Descobri...
Sobreviver sem teu amor
é não viver pra mim...
E pra onde vamos...
ninguém sabe...
Estamos aqui...
Mantendo eternas espreitas...
Tentando, em vão, fugir...

(Escrito em Março de 1999)

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