segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Prosas que o Mundo Dá XXXIV

 

Conexões que o Mundo Dá...

O século XX foi configurado por acontecimentos que marcaram a humanidade. Para o historiador Eric Hobsbawn, este século pode ser entitulado também como "Breve Século XX" e ele tem razão. Se Hobsbawn considera a Primeira Guerra Mundial, como marco inicial deste período, e a Queda do Socialismo na União Soviética, como marco final do processo, pode-se afirmar que o período intermediário, constituído pela Guerra Fria, foi a encubadora de muitas tecnologias sem as quais o mundo não seria o que é atualmente. Diga-se de passagem que quando se fala no que o mundo é hoje, graças às tecnologias, estamos abordando pontos positivos e negativos deste processo. No berço da Guerra Fria e sua eterna concorrência tecnológica, bélica e ideológica, surgiram as primeiras ideias, que apenas mais tarde, constituiriam a Internet da forma como a conhecemos contemporaneamente. A rede, que surgiu como um auxiliar no trabalho do serviço secreto norte-americano, em suas estratégias frente aos espaços socialistas, tornou-se aos poucos um sistema de comunicação entre universidades e quando caiu no gosto popular, o processo de aceitação foi crescente e acelerado. Pensar Internet, em dias atuais, é pensar na base de toda uma complexa e acelerada rede de informações. Pensar Internet, em dias contemporâneos, é rever conceitos e concorrer por conhecimentos que cheguem primeiro, que sejam idôneos e que classifiquem a competência e o trunfo dos dados obtidos, bem como a adequação da utilização dos mesmos às necessidades das organizações. Pensar Internet, em pleno início de século XXI, não é apenas divertir-se em redes sociais, mas ter consciência de que elas precisam ser entendidas como um processo de interação... Não confiar cegamente em dados pesquisados e compartilhados, mas ter a criticidade de compará-los. Pensar Internet, hoje, é perceber que o mundo e suas informações estão disponíveis na tela mágica e é tudo uma questão de seleção de conhecimento crítico, pois é necessário separar o joio do trigo. Se alguém temia que a globalização aproximaria sociedades e padronizaria valores, as dúvidas tornaram-se certezas em nossas épocas. Através de uma diversidade de redes sociais, blogs, logins e outras tantas diferentes nomenclaturas, o sujeito 'provinciano' de qualquer aldeia do mundo tem acesso a um turbilhão de informações que se despejam na velocidade da luz ou até mais rápido. A Internet é um trunfo que o ser pensante tem nas mãos, mas em épocas como a que se vive, também pode ser um instrumento de alienação. Na medida em que o comodismo, impregnado em muitos lugares comuns, faz com que alguns indivíduos apenas copiem e colem. A Internet é uma carta na manga do pensador atual e uma limitação à massa de alienados que nestes tempos também é formada. Apesar de útil ferramenta ao universo do conhecimento e da velocidade de informações, pode tornar-se apenas uma bengala se o seu utilizador não for capaz de ler, refletir, questionar e comparar tudo o que está disponível nesse universo através da informação.

2 comentários:

  1. Olá, meu nome é Jonas, também professor de História, parabéns pelo Blog, não é todo dia que vemos algo chegar perto da perfeição. Meu Twitter é @Jonas_a_Jato, adiciona pra gente conversar melhor, acho que vamos ter muitas hitórias pra contar. Abraços!


    O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz. (Aristóteles)

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  2. Obrigada pela visita e pela doçura das palavras...

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